terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O que somos sem Jesus?


Segue uma parábola interessante sobre o jumentinho que Jesus usou para entrar em Jerusalém. Dizia assim:
“Um jumentinho voltando para sua casa todo contente, falou para sua mãe:
– Fui a uma cidade e quando lá cheguei fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo chão… Todos estavam contentes com minha presença.Sua mãe perguntou se ele estava só e o burrinho disse:
– Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.
Então sua mãe falou:
– Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
Então o burrinho respondeu:
– Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá…
Quando retornou a essa cidade sozinho, todos que passavam por ele fizeram o inverso, o maltratavam, o xingavam e até mesmo batiam nele.
Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
– Estou triste, pois nada aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos, nem honra… Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe…
Indignado o burrinho disse a sua mãe:
– Porque isso aconteceu comigo?
Sua mãe respondeu:
– Meu filho querido, você sem JESUS é só um jumentinho… Lembre-se sempre disso”.

Nós sozinhos somos apenas um jumentinho; um ser humano sem a graça de Deus e sem a Sua força sobrenatural. Somos pobres, fracos, impotentes…
Jesus disse que Ele é a videira verdadeira e que nós somos os seus ramos; e que se o ramo se desprender Dele, vai secar e morrer. E acrescentou: “Sem Mim nada podeis fazer” (João 15, 5s).
É porque nos esquecemos dessa palavra de Jesus que tantas vezes fracassamos em nossas lutas, projetos, empreendimentos, evangelização, educação dos filhos, trabalho profissional e religioso, etc. Nos esquecemos que se Jesus não estiver conosco, pela fé e pela oração, seremos um pouco parecidos com o jumentinho de Jerusalém.
Quando nós falamos as palavras de Jesus, atraímos as pessoas; quando “carregamos’ Jesus as pessoas nos ouvem; mas, quando estamos só, vazios, sem “carregar” Jesus, o povo olha para nós e vê a nossa feiura e impotência. E pode nos desprezar.
Não podemos fazer nada nesta vida sem “carregar” Jesus.
Mas carregar Jesus é estar ciente de que os aplausos são para Ele e não para nós.
É estar cientes de que Ele não precisa de nós, mas quer nos usar para nos dar dignidade e grandeza.
Carregar Jesus é estar ciente de que depois que o ajudamos a cumpriu a Sua missão salvífica, voltamos a ser apenas um “jumentinho”, muito feliz e honrado, mas como os outros. São Paulo diz que somos “vasos de barro” para que a gente esteja ciente de que todo poder que se manifesta em nós vem Dele e não de nós (cf. 2Cor 4,7 ).
Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não comece o dia sem Jesus. Não corrija seu filho, sua esposa, seu empregado ou seu patrão, sem pedir a luz a Jesus; senão as suas palavras poderão ser inconvenientes e ineficazes.
Não comece um empreendimento sem colocá-lo nas mãos de Jesus e pedir sua graça, sua proteção, sua luz.
Não eduque sua família sem a luz de Jesus, senão ela caminhará nas trevas do mundo.
Não faça o seu trabalho pastoral acreditando apenas em você, nos “seus” planos bem traçados; pode ser que você se decepcione e desanime de tudo como muitos.
Não se esqueça, sem Jesus, o jumentinho de Jerusalém é apenas um jumentinho.
Jesus mandou pedir, pedir e pedir. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscais e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede recebe; aquele que procura acha; ao que bater se lhe abrirá” (Lucas 11,9-11).
Acreditamos nisso, ou desistimos de pedir? Santo Agostinho se converteu e foi um dos santos mais importantes da Igreja; porque sua mãe derramou sua lágrimas diante do Santíssimo, sem desistir e sem desanimar, durante vinte anos. E nós?

(Autor desconhecido)

Oração da grávida


Eu vos glorifico,Pai celeste,Deus criador,porque fizeste em mim grandes coisas e vai nascer de mim um (dois,...) filho(o)(s), fruto de um amor que abençoaste.
Jesus, filho de Deus ,que me permitistes adorar- Vos pequenino no presépio, eu vos ofereço meu(s) filhinho(a)(s), vosso irmão. Enriquecei-o com os belos dons da natureza e da graça. Que na terra seja(m) nossa(s) alegria(s), e na eternidade, vossa glória!
Espirito Santo,cobri-me com vossa sombra durante estes benditos meses de espera, a fim de que nada possa acontecer de mau ao meu(s) filhinho(a)(s) e que sua(s) alma(s) esteja(m) pronta(s) a tornar-se Vosso santuário pelo batismo.
E vós, Maria, Rainha das Mães, assisti-me vos peço, na hora do nascimento do(s) meu(s) filho(a)(s).
Aceito,desde já, todos os sofrimentos que vierem e peço-vos que ofereçais a Deus por meu filho.
Meu santo anjo da guarda, santo anjo da guarda do meu filho(a), velai sobre nós dois.
Amém.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A infância do Papai Noel


Na ocasião do aniversário de sete anos de Nicolau, que mais tarde seria declarado santo e seria chamado de pai do natal (ou Papai Noel), seus pais organizaram uma grande festa, todos os nobres de Patara e das cidades vizinhas foram convidados.
Reunidas em sua própria mesa, as crianças começaram uma discussão sobre qual era o pão mais gostoso:
- O pão com azeitonas pretas de Atenas,sem dúvida, é a melhor iguaria do mundo! – começou a falar Geraldo, um garoto de 12 anos, filho de um importante nobre, dono de metade das embarcações de Patara – Os marinheiros de meu pai não falam de outra coisa, animam-se quando vão à Grécia, somente por causa desse pão.
- Ora, mas quem disse que marinheiros têm gosto refinado? Vivem em barcos úmidos e sujos, alimentam-se mal durante semanas, quando descem em um porto, qualquer refeição simples lhes parece um banquete – disse Cícero, garoto de 10 anos, filho do prefeito de Patara – Meu pai, o governante dessa cidade, sentou-se muitas vezes na mesa do Imperador e me disse que seu pão preferido é feito com o trigo dos campos de Roma, assado com pedaços de lombo. É um pão que faz todos os governantes do mundo salivarem ao sentir seu aroma.
- Vocês estão esquecendo que somos crianças – disse Diana, filha do sacerdote mais eminente de Patara – e o que é gostoso para nós são os doces. Nada se compara ao pão com mel do Líbano. Muito melhor do que a gordura do lombo ou o gosto amargo da azeitona é a doçura do mel.
As crianças estavam divididas, os filhos dos mercadores marítimos, nobres de Patara, apoivam Geraldo, os filhos dos nobres que vieram de outras cidades apoiavam Cícero e os filhos dos comerciantes, que não eram nobres, apoiavam Diana.
Como a discussão não parecia ter fim resolveram que a opinião de Nicolau decidiria o conflito, já que era o dono da festa.
- Nicolau, qual é o pão mais gostoso? – perguntou Geraldo.
Todos ficaram em silêncio e olharam para o aniversariante.
- O pão mais gostoso é o pão dividido – respondeu Nicolau.
As crianças continuaram em silêncio, não sabiam ao certo o que pensar da resposta.
- Entendi – disse Cícero – o pão dividido é aquele conquistado pela guerra, através da bravura, a coragem do guerreio! Pensas como um verdadeiro nobre, Nicolau.
- Não foi isso que eu quis dizer...
- Claro que não – disse Diana – o pão dividido é aquele que não nasceu pronto, mas que é partido, aberto para que possamos colocar o recheio que quisermos. Para Nicolau, o berço do pão não importa.
- Também não foi isso que eu quis dizer...
- O que quis dizer então? – perguntou Geraldo.
- Vou mostrar – respondeu Nicolau, reunindo todos os pães da mesa em vários cestos – venham comigo!
Saíram da propriedade e começaram a caminhar pelas ruas de Patara, Nicolau e cerca de quinze crianças, cada uma com seu cesto de pães. Era inverno, em muitas esquinas existiam desabrigados, aquecendo-se em fogueiras.
Nicolau, observado pelas crianças, parou, dividiu seus pães com os desbrigados, sentou-se e comeu com eles, puxou um coro de uma canção conhecida de Patara. Os mendigos cantaram alegremente e agradeceram.
Na primeira esquina as crianças ficaram chocadas. Não entenderam porque Nicolau queria ficar perto das pessoas que eles mais desprezavam no mundo. Aos poucos, porém, observando a gratidão nos olhos e nos gestos daquelas pessoas, por conta de uma necessidade tão básica que há tanto tempo que não era satisfeita, começaram a participar daquela comunhão. Na quinta esquina que visitaram todos choraram ao cantar com os desabrigados.
- Amanhã trarei roupas – disse Diana.
- Amanhã trarei cobertores – disse Geraldo.
- Amanhã trarei pães que se tornarão os mais gostosos do mundo, no momento em que forem divididos com meus novos irmãos – disse Cícero.
Todos olharam para Nicolau, que apenas sorriu. Sentiram que estavam na presença de um santo. Realmente estavam, mas não sabiam. Assim Nicolau inventou a festa do natal, todos os dias da sua vida foram o natal de alguém.

Texto de Paulo Quaresma Neto