quarta-feira, 4 de julho de 2012

Santa Mônica


Mãe e Santa - Santa Mônica
Rezou por 16 anos pela conversão de seu filho ateu e rebelde.
Convertido,ele se tornou um frade -> Santo Agostinho

Leia o que Santo agostinho escreve sobre sua mãe:"Superou infidelidades conjugais, sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido, por isso. Esperava que tua misericórdia descesse sobre ele, para que tivesse fé em Ti e se tornasse casto. Embora de coração afectuoso, ele encolerizava-se facilmente. Minha mãe havia aprendido a não o contrariar com atos ou palavras, quando o via irado. Depois que ele se refazia e acalmava, ela procurava o momento oportuno para mostrar-lhe como se tinha irritado sem refletir... Sempre que havia discórdia entre pessoas, ela procurava, quando possível, mostrar-se conciliadora, a ponto de nada referir de uma à outra, senão o que podia levá-las a se reconciliarem... Educara os filhos, gerando-os de novo tantas vezes quantas os visse afastarem-se de Ti. Enfim, ainda antes de adormecer para sempre no Senhor, quando já vivíamos em comunidades, depois de ter recebido a graça do batismo (...), ela cuidou de todos, como se nos tivesse gerado a todos, servindo a todos nós, como se fosse filha de cada um». (Confissões, Ed. Paulinas, p. 234).

Retirei do Face - História de uma alma

Para pedir a conversão de um filho

Ó Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas, alcançastes de Deus a conversão de vosso filho transviado, depois santo, Santo Agostinho, olhai para o meu coração coração, amargurado pelo comportamento de meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e a toda a família. Que vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus, a fim que ele faça meu filho entrar em si e voltar ao bom caminho.

Santa Mônica, fazei que o Pai do céu chame de volta à casa paterna o filho pródigo. Dai-me esta alegria e eu serei agradecido(a).

Santo Agostinho, rogai por nós.

Santa Mônica, atendei-me.

Amém.

Oração à Santa Mônica

Ó Esposa e Mãe exemplar, Santa Mônica:
Tu que experimentastes as alegrias e as dificuldades da vida conjugal;
Tu que conseguiste levar à fé teu esposo Patrício, homem de caráter desregrado e irascível;
Tu que chorastes tanto e oraste dia e noite por teu filho Agostinho e não o abandonaste mesmo quando te enganou e fugiu de ti.
Intercede por nós, ó grande Santa, para que saibamos transmitir a fé em nossa família; para que amemos sempre e realizemos a paz.
Ajuda-nos a gerar nossos filhos também à vida da Graça; conforta-nos nos momentos de tristeza e alcaça-nos da Santíssima Virgem, Mãe de Jesus e Mãe nossa, a verdadeira paz e a Vida Feliz.

Amém.

Santa Mônica, rogai por nós.

História de Santa Mônica

Santa Mônica nasceu no ano de 332 e foi a mãe do nosso grande Santo Agostinho.

Os pais de Santa Mônica, muito piedosos, confiaram-lhe a educação a uma senhora de grandes virtudes, ligada à família por íntima amizade. Embora branda e suave no modo de educar a menina, com firmeza aplicou os princípios sãos da pedagogia cristã, acostumando a educanda às práticas de uma mortificação prudente e moderada. Regra, cuja observação exigia e que por Santa Mônica era fielmente observada, era não tomar alimento de espécie alguma, a não ser na hora das refeições. Apesar deste regime salutar, deixou-se Mônica levar por uma natural inclinação ao vinho. Devido à sua sobriedade e espírito de mortificação, era ela de preferência mandada à adega, buscar vinho para a mesa. A ocasião de levar o precioso e saboroso líquido, era demais propícia, para que não fosse aproveitada pela menina. Como não houvesse nenhuma reprovação da parte dos pais que, aliás, nada podiam suspeitar, Mônica adquiriu o costume de beber vinho.

Deus , porém , enfastiou-a de um hábito, que mui facilmente poderia ter-se transformado num vício pernicioso. Em uma daquelas contendas, que soem haver na vida familiar e entre a criadagem, Mônica foi ofendida por uma palavra mordaz de uma criada, a qual, num ímpeto de raiva, a chamou de beberrona, dizendo que não havia mais em casa que não soubesse das libações clandestinas. Mônica, não tanto pela ofensa que sofrera, porém, mais pelo conhecimento do seu proceder incorreto, tomou a resolução de abster-se completamente do vinho, propósito que cumpriu rigorosamente.

Pouco depois, recebeu o santo Batismo, cuja graça conservou por toda a vida, pela pureza da fé e pela santidade de vida. Grande foi a sua caridade para com os pobres. Sabendo que era difícil conservar-se na graça de Deus, evitava os divertimentos profanos, fugia das ocasiões perigosas e desprezava as exigências e extravagâncias da moda.

Tendo chegado à cidade própria, os pais casaram-na com um cidadão de Tagaste, na África, de nome Patrício, que era filho de família ilustre, mas pobre, pagão e homem de sentimentos rudes. O caráter indômito e violento do marido era para a esposa uma fonte de sofrimentos e provações, as mais duras. Mônica sofreu tudo com paciência e mansidão, não respondendo a Patrício, senão por obras de uma caridade sem limites e pela oração. Longe de se queixar ou prestar ouvido às más línguas, que procuravam semear-lhe discórdias no lar, Mônica defendia o marido e não tolerava que o difamassem em sua presença. Deus recompensou esta dedicação, tendo Mônica a satisfação de ver a conversão do marido. Do seu matrimônio, Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navígio e uma filha Perpétua, que se fez religiosa. O mais velho, Agostinho, causou grandes amarguras à mãe, até que enfim, pela conversão e completa mudança de vida, se lhe tornou uma glória.

Embora não lhe deixasse faltar bons conselhos e apesar de o educar nos princípios da Religião Católica, a vivacidade, a inconstância e a volubilidade do filho inspiravam à boa mãe sérios cuidados e abriram-lhe uma expectativa pouco lisonjeira para o futuro do menino. Por este motivo e temendo que perdesse a graça do Batismo, não o apresentou para ser batizado. Os fatos provaram como eram fundados os receios da mãe. Agostinho desde os verdes anos se inclinou para o mal e mais tarde se filiou à seita dos Maniqueus.

Dezessete anos contava Agostinho, quando perdeu o pai. Para continuar os estudos, dirigiu-se para Cartago. O Coração de Mônica sofreu atrozmente com as notícias desoladoras, que continuamente recebia do filho. Tão magoada ficou, que chegou a fechar a este a porta da sua casa. Deus, porém, consolou-a em visões misteriosas, mostrando-lhe a futura conversão de Agostinho. Confortada desta sorte, consentiu que este tornasse a morar em sua casa e lhe assentasse à mesa.

Nem assim deixou de rezar constantemente pela conversão do filho e pedir a outros que o mesmo fizessem. Recomendou-o a diversos bispos, entre estes a um, que também tinha pertencido à seita dos Maniqueus. Este muito a animou, dizendo-lhe: "O coração de teu filho não está ainda preparado, mas Deus determinará o momento. Vai e continua a rezar: é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".

De fato, soou a hora da conversão de Agostinho. Este que era a lente da arte retórica em Cartago, começou a conhecer os erros da seita dos Maniqueus e a experimentar nojo dos seus vícios. De Cartago dirigiu-se Para Roma e de lá para Milão, onde Santo Ambrósio era Bispo.

Sabendo do plano de seu filho, de ir para Roma, Mônica quis acompanhá-lo. Agostinho, porém, soube habilmente se furtar à companhia da mãe. Sem avisar, tomou um outro navio e quando ela chegou ao lugar do embarque, ele já havia partido.

Mônica sabendo da mudança do filho para Milão, seguiu-o e teve o consolo de ouvir de Santo Ambrósio, que o filho já se tinha convertido. Em 387 receberam Agostinho, seu filho Adeodato e o amigo Alípio o santo Batismo.

Agostinho resolveu então voltar, com a mãe para a África. Chegando a Ostia, disse-lhe ela: "Vendo-te hoje cristão Católico, nada mais me resta a fazer neste mundo". Caiu em uma doença grave e morreu, tendo alcançado a idade de 56 anos. O Filho Agostinho, nas suas célebres "Confissões" , erigiu um monumento indelével à memória da santa mãe.

O Papa Alexandre III colocou o nome de Santa Mônica entre Santos da Igreja Católica. Sob o pontificado de Martinho V (1430) foi o corpo de Santa Mônica transportado para Roma e depositado na Igreja de Santo Agostinho.

A devoção a Santa Mônica tomou novo incremento pelo fato de ser ela declarada Padroeira das Associações das Mães Cristãs. De Santa Mônica podem as mães aprender o interesse que devem ter pela salvação dos filhos.

Reflexões:

Santa Mônica tinha mau marido e mau filho. Ambos se converteram devendo-se atribuir-lhes a conversão, à paciência, à caridade, às penitências e orações da santa esposa e mãe. A conversão de um pecador é um grande milagre, que só de Deus se pode esperar, pelas obras de piedade, nunca, porém, pela impaciência, por palavras pesadas, imprecações, pragas e maldições.

Esposas e mães! Aprendam com o exemplo de vida de Santa Mônica, que com muita oração, piedade e temor a Deus pode-se corrigir a conduta dos maridos e filhos malvados ou pagãos.

A filosofia terrena nos tenta perverter as santas atitudes. "Renuncie ao sofrimento", "tens o direito de ser feliz", nos diz o mundo. Quando as circunstâncias no matrimônio não nos são favoráveis, logo surgem em nossos ouvidos conselhos malignos convidando a abjurar ao sacramento do matrimônio. Bem disse recentemente o Papa Bento XVI ser o divórcio uma "praga social" que disseminou-se pelo mundo nos dias atuais. Santa Mônica não seguiu e nem nós, devemos seguir conceitos mundanos. Na hora da necessidade, devemos suplicar a Deus e em Deus nos apoiar. Não somos cidadãos do mundo. Somos cidadãos com os olhos voltados para o Céu, onde encontra-se a verdadeira felicidade. Não é à toa que o divino Mestre nos diz: "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?" ou ainda: "Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que vós. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como , porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia" (Jo 15, 18 - 20) .

Peçamos a intercessão de Santa Mônica para que verdadeiramente nos preocupemos com o principal: "Educar os filhos na doutrina e no temor de Deus", com a paciência dos santos, que tudo espera e tudo sofre, na certeza de que só pelo caminho da Cruz é que poderemos garantir a nossa salvação e das pessoas mais próximas que conosco convivem, ou seja, nossa família.

Fontes:
http://www.catolicosdobrasil.com.br/2010/01/31/oracao-a-santa-monica-e-santo-agostinho/
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/ago/monica2708.htm

Um comentário:

Unknown disse...

Que história lindaaa..Como devemos ter paciência, principalmente com filhos e marido..Santa Mônica rogai por nós e dai-nos um coração como o da senhora.. Amém.