quinta-feira, 4 de julho de 2013

Santa Isabel de Portugal - 4 de julho


Isabel nasceu na Espanha, em 1271. Entre seus antepassados estão muitos santos, reis e imperadores. Era filha de Pedro II, rei de Aragão, que, no entanto, era um jovem príncipe quando ela nasceu. Sem querer ocupar-se com a educação da filha, o monarca determinou que fosse cuidada pelo avô, Tiago I, que se convertera ao cristianismo e levava uma vida voltada para a fé. Sorte da pequena futura rainha, que recebeu, então, uma formação perfeita e digna no seguimento de Cristo.

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, dom Dinis. Esse casamento significou para Isabel uma coroa de rainha e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia nos anos seguintes de sua vida.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas das cortes espanhola e portuguesa; além disso, possuía uma forte e doce personalidade, era também muito inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei: Constância, que seria no futuro rainha de Castela, e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas que humilhavam profundamente a bondosa rainha perante o mundo inteiro.

Ela nunca se manifestava sobre a situação, de nada reclamava e a tudo perdoava, mantendo-se fiel ao casamento em Deus, que fizera. Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos sinceros preceitos cristãos.

Perdeu cedo a filha e o genro, criando ela mesma o neto, também um futuro monarca. Não bastassem essas amarguras familiares, foi vítima das desavenças políticas do marido com parentes e, sobretudo, do comportamento de seu filho Afonso, que tinha uma personalidade combativa. Depois, ainda foi caluniada por um cortesão que dela não conseguiu se aproximar. A rainha muito sofreu e muito lutou até provar inocência de forma incontestável.

Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na história dessas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo, ajudava amenizar as desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Ergueu o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as jovens piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou, em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo, desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, em 1335, Isabel recolheu-se no mosteiro das clarissas de Coimbra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Antes, porém, abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu, em Estremoz, no dia 4 de julho de 1336. Venerada como santa, foi sepultada no Mosteiro de Coimbra e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como “a rainha santa da concórdia e da paz”.

Fonte: http://www.jp2.org.br/santo-do-dia/santa-isabel-de-portugal-2/#sthash.xdoZpfCS.dpuf

Oração

Meu Deus vinde em meu auxílio.
Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Altíssimo e Soberano Senhor nosso,
que quisestes dar-nos exemplos nos vossos servos,
não somente nos claustros e desertos,
onde santificastes tantas almas;
mas também nos tronos dos reis,
e no meio da grandeza e magnificência dos palácios,
colocastes a virtude para nos desenganardes
de que em todos os estados pode haver o espírito de cristianismo e salvação.

Sois Vós que, na Rainha Santa Isabel,
nos destes o exemplo de um ânimo pacificador,
humilde, generoso e caritativo,
virtudes tão dificultosas no meio das grandezas humanas,
pelo que sejais para sempre bendito e louvado.

Nós Vos pedimos, Senhor,
por intercessão desta Santa Rainha
que tão grande foi no mundo e que não é menor no Céu,
as graças de que tanto precisamos (pedem-se as graças),
em modo particular a paz nos nossos corações e nos nossos lares.

Ó Deus, que sois tão admirável nos vossos santos,
compadecei-Vos de nossas misérias
e deixai-Vos mover das preces de vossa serva;
excite-se a nossa sonolência, anime-se a nossa fraqueza;
recebamos, todos, novo ânimo na devoção desta grande serva vossa,
reformem-se nossos costumes e preparem-se assim,
para nós, os caminhos da Eterna Felicidade.

Assim seja.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Santa Isabel, rogai por nós.

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