São José em quadro de Guido Reni
19 de março
Príncipe da Casa Real de Davi e ao mesmo tempo humilde carpinteiro, é difícil se poder avaliar a grandeza de sua missão.É considerado o Patrono da Boa Morte porque morreu assistido pela Santíssima Virgem, sua Esposa, e pelo próprio Homem-Deus, de quem era pai adotivo.Foi também declarado Patrono da Santa Igreja.
José é um personagem célebre do
Novo Testamento da
Bíblia por ser o pai legal de
Jesus, o fundador do
Cristianismo. Pela tradição e pelas Escrituras, nasceu em
Belém (Judéia) da Judéiano século I a.E.C., era pertencente à tribo de Judá e descendente do
rei Davi de Israel.
Segundo a tradição, José foi designado por Deus para se casar com a jovem
Maria, mãe de Jesus, que era uma das consagradas do
Templo de Jerusalém, e passou a morar com ela e sua família em
Nazaré, uma localidade da
Galileia. Segundo a Bíblia, era carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado seu filho.
Segundo a Biblia, no Evangelho de Lucas, o Imperador
Augusto, ordenou um recenseamento em todo o
Império Romano, que na época incluia toda a região, e a jovem Maria e seu esposo José se dirigiram a Belém, por ser esta, terra de seu esposo. Nessa época, submetido ao Império Romano, reinava na Judéia
Herodes o Grande, célebre pela crueldade.
O texto do
Evangelho deixa claro que José era o pai legal e certo de Jesus, pelo que (Mateus 1) é através de José que é referida a ascendência de Jesus até Davi e Abraão, embora o texto deixe inequívoco que ele não foi o pai biológico de Jesus. José quando encontrou Maria grávida "sem antes terem coabitado", "sendo justo e não a querendo infamar, resouveu deixá-la secretamente", quando na época a lei bíblica vigente (Deuteronômio 22) prescrevia a lapidação (morte por pedradas) das adúlteras. Eis que, então, enquanto José dormia, apareceu-lhe, em sonho, um anjo que pede-lhe que não tema em receber Maria como sua esposa, "pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo", passagem normalmente interpretada pelos cristãos como uma concepção sem necessidade de uma participação masculina e, desde que se a suponha também virgem, de uma concepção virginal (já por tradições judaicas, Jesus é referido como "mamzer", algo como bastardo). De qualquer forma, portanto, o Evangelho não deixa dúvidas de que não é "pela carne" que Jesus herda os títulos messiânicos de "filho de Davi" e "filho de Abraão" com o que Mateus abre o Novo Testamento.
O texto evangélico também é insistente —ao apresentar a genealogia de José e citar uma linha patrilinear que inclui os reis de Judá e vai até Davi e Abraão— em ressaltar terríveis impurezas morais na ancestralidade de José, o marido de Maria a mãe de Jesus. Entre tantos homens, somente quatro mulheres, além de Maria, são citadas por Mateus nessa lista genealógica: Tamar, Raabe, Rute e a mulher de Urias (Betsabé), respectivamente: uma incestuosa, uma prostituta, uma estrangeira (era proibido aos israelitas casarem-se com estrangeiras) e a que foi tomada como esposa pelo rei Davi, que para obter isso encomendou a morte de seu marido, Urias, significando aqui o assassinato e o adultério.
Nessa época, Maria, sua esposa deu à luz
Jesus numa manjedoura, pois não encontraram outro local para se hospedarem em Belém. Devido a tirania do rei Herodes e de sua fúria em querer matar o menino Jesus por ter ouvido que havia em Belém nascido o Cristo (o Messias), a Biblia, no Evangelho de Mateus, refere que Deus, igualmente em sonho, orientou seu esposo José para que fugissem para o
Egito. Assim, apenas nascido, Jesus já era um exilado, juntamente com José e Maria seus pais.
Posteriormente, tendo Herodes morrido, um anjo de Deus, igualmente em sonho, aparece a José e orienta-o para que regressem à terra de Israel "porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino". Ao regressar, tendo ouvido que Arquelau reinava na Judéia no lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá e, por mais uma vez, em sonho, tendo sido prevenido por divina advertência, retirou-se para a região da Galiléia, voltando a família a residir em Nazaré.
O lugar que José ocupa no Novo Testamento é discreto: está totalmente em função de Cristo e não por si mesmo. José é um homem silencioso, e pouco aparece na Bíblia. Não se sabe a data aproximada de sua morte, mas ela é presumida como anterior ao início da vida pública de Jesus.
São José é um dos santos mais populares da
Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja universal", por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.
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Oração a São José - (19 de março) Ó Glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável. Ó pai muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto de Jesus e Maria mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder. São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais Santa Família que jamais houve, sede, nós vo-lo pedimos, ó Pai e protetor da nossa, e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria! São José, rogai por nós!